sexta-feira, janeiro 19

are we back?!

​vale a pena voltar?

não sei sequer se ainda há gente que use ou usufrua desta plataforma marreca para ler o que quer que seja, mas, mesmo assim, há coisas que precisam de ser, não ditas, mas escritas. 

não sei ao certo onde e quando vamos parar, mas já faz tempo que sinto uma estranha, mas a meu ver, meio que normal vontade de voltar aqui.

o último post foi há 6 anos. Neste espaço de tempo aconteceram coisas, morreram coisas; nasceram pessoas, morreram pessoas; houve mudanças, mas também houve inércia. Irá fazer 6 anos que o título desta página foi mudado para o nome actual. Na altura, sendo sincero, foi uma espécie de fantasia chamar-lhe “after” mas hoje faz mais sentido que nunca, não porque este novo momento seja um “after” mas porque, realmente, tudo o que aqui está foi um “after”, um após qualquer coisa que vi, vivi, sonhei ou queria sonhar.


E, a partir de hoje, vai ser realmente um após. Em breve, irão vir coisas novas, coisas talvez boas, talvez más, mas irão vir.

Não sei se ainda há quem possa ler, mas, na esperança que sim,


talvez valha a pena voltar.

Até já!

quinta-feira, junho 7

Random conversation

- Está tudo bem?

E tudo começa assim.
A tua pele sofre um arrepio que só tu percebes e começa a queimar. Sentes o teu corpo ser cortado pelo vento que corre como se fossem os vidros despedaçados do copos que deixaste cair ontem após mais uma discussão. Dormiste sobre o assunto, mas o rancor ainda está contigo, bem como todas as palavras que te massacram a cada minuto a cabeça pesada. Deste dois tragos no álcool áspero que guardas para ocasiões especiais como esta e saíste para arejar a cabeça e queimar os pulmões mais um bocado com dois cigarros fumados à velocidade da luz. Voltas-te a casa, talvez cedo demais para a tua vontade ou para a tua disposição, mas tem que ser. Fugiste a correr para o quarto, na mesma calmaria de sempre ignorando o que se passa à tua volta, sejam moscas, cães ou gatos e, principalmente pessoas. Com a mesma velocidade de sempre despiste a roupa que te cobria e deitaste-te. A música começa a entrar-te nos ouvidos e, assim, adormeces mais uma vez, sobre o assunto. Não estás bem; nada te deixa satisfeito; queres mais e precisas de paciência, mas as pernas são te tolhidas por catanas. Acordaste do mesmo modo que foste dormir: revoltado, mal com tudo e perdido.
Acordas mal contigo mesmo não porque falhaste com os outros, mas porque falhaste contigo mesmo. Ontem devia ter sido o dia e não foi. Hoje tem de ser, mas talvez não será também. Falhas com o plano e a promessa que fizeste a ti próprio que irias matar-lhe a curiosidade, mas ainda não conseguiste.
Ela passa as noites ao teu lado, sussurra-te ao ouvido as vezes que já falhaste, as vezes que ela te limpou as gotas que trazias nas costas das mãos ou no pescoço. As vezes em que a tua roupa já foi queimada por vir com manchas que deviam ter ficado no sítio. Quantas vezes ela te disse de cabeça as noites que passaste fora de casa com alguém que não ela, as vezes que a trocaste pelos outros corpos. As vezes em que ela, após chegar a casa, te inspecciona o corpo à procura de falhas, de provas; à procura de tudo o que te possa levar para longe de casa.
Quantas vezes ela ficou e não foi embora e tu estragas sempre tudo.

- Está tudo bem?
- Sim, está tudo óptimo! E contigo?

Sorris, ouves a resposta e vais à tua vida.
Fodido; porque ainda não foi ontem que tu e ela mataram juntos.

Anotação

- De quem depende a tua vida? Já alguma vez te perguntaste? De quem depende o teu dia-a-dia? Já te perguntaste porque te deixas controlar, inconscientemente, por alguém ou alguma coisa que te rodeia?
Pergunta a ti próprio quem controla a tua vida e decide-te.

A puta da vida só é triste se tu quiseres.

quinta-feira, setembro 10

Perguntas

- Está tudo bem?

E tudo começa assim.
A tua pele sofre um arrepio que só tu percebes e começa a queimar. Sentes o teu corpo ser cortado pelo vento que corre como se fossem os vidros despedaçados do copos que deixaste cair ontem após mais uma discussão. Dormiste sobre o assunto, mas o rancor ainda está contigo, bem como todas as palavras que te massacram a cada minuto a cabeça pesada. Deste dois tragos no álcool áspero que guardas para ocasiões especiais como esta e saíste para arejar a cabeça e queimar os pulmões mais um bocado com dois cigarros fumados à velocidade da luz. Voltaste a casa, talvez cedo demais para a tua vontade ou para a tua disposição, mas tem que ser. Fugiste a correr para o quarto, na mesma calmaria de sempre ignorando o que se passa à tua volta, sejam moscas, cães ou gatos e, principalmente pessoas. Com a mesma velocidade de sempre despiste a roupa que te cobria e deitaste-te. A música começa a entrar-te nos ouvidos e, assim, adormeces mais uma vez, sobre o assunto. Não estás bem; nada te deixa satisfeito; queres mais e precisas de paciência, mas as pernas são te tolhidas por catanas. Acordaste do mesmo modo que foste dormir: revoltado, mal com tudo e perdido.
Acordas mal contigo mesmo não porque falhaste com os outros, mas porque falhaste contigo mesmo. Ontem devia ter sido o dia e não foi. Hoje tem de ser, mas talvez não será também. Falhas com o plano e a promessa que fizeste a ti próprio que irias matar-lhe a curiosidade, mas ainda não conseguiste.
Ela passa as noites ao teu lado, sussurra-te ao ouvido as vezes que já falhaste, as vezes que ela te limpou as gotas que trazias nas costas das mãos ou no pescoço. As vezes em que a tua roupa já foi queimada por vir com manchas que deviam ter ficado no sítio. Quantas vezes ela te disse de cabeça as noites que passaste fora de casa com alguém que não ela, as vezes que a trocaste pelos outros corpos. As vezes em que ela, após chegar a casa, te inspecciona o corpo à procura de falhas, de provas; à procura de tudo o que te possa levar para longe de casa.
Quantas vezes ela ficou e não foi embora e tu estragas sempre tudo.

- Está tudo bem?
- Sim, está tudo óptimo! E contigo?

Sorris, ouves a resposta e vais à tua vida.
Fodido; porque ainda não foi ontem que tu e ela mataram juntos.

quarta-feira, agosto 26

Conversas soltas I

- Já viste como seria mau se nos perdêssemos?
- Já viste que seria pior se nunca nos tivéssemos encontrado?