Faz falta.
A tua voz rouca, mas
firme faz falta. Cria-se saudade. As tuas mãos deixaram de me
percorrer o cabelo. Deixaram de me percorrer a cara. Soluçando, por
entre lágrimas, viramos costas. Rasgos de mágoa enchiam espaços
vazios dentro de nós. Sem medos e sem qualquer “Adeus”,
partimos. Partiste.
Deves andar a correr, lá
no cume, perdido, na imensidão que o céu é. Embora perdido, tens
momentos de orientação, momentos onde és iluminado pelas pequenas
tochas em forma de estrela.
Suposições. Tudo isto
não passa de suposição que, frequentemente, cresce para diminuir
qualquer agonia ou dor que as memórias trazem.
Canso-me.
A noite, já no fim,
faz-me cansado. Faz-me mergulhar no sono, afogando-me.
A aurora está a chegar.
Os meus olhos quase
fechados impedem-me de olhar pela janela e ver a neblina que
apareceu.
Adormeço sabendo que há
coisas que aparecem por entre a neblina mas tu, infelizmente, não és
uma delas.
"A tua voz rouca, mas firme faz falta". Oh como adoro :)
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